indígenas de Guajará terão formação técnica pelo Instituto de RO

Estudantes foram selecionados pelo Instituto Abaitará, de Pimenta Bueno.

Cursos técnicos terão duração de três anos, com moradia no próprio campus.

Estudantes de 11 aldeias indígenas embarcaram para o Instituto Abaitará (Foto: Telma Pinto/Arquivo pessoal)
Os 45 estudantes indígenas de 11 aldeias de Guajará-Mirim (RO) que foram selecionados pelo Centro Técnico Abaitará para fazerem cursos técnicos embarcaram no último sábado (18) para a cidade de Pimenta Bueno (RO), a cerca de 850 quilômetros do município. A aula inaugural acontece nesta segunda-feira (20) para os cursos que terão duração de três anos que deixarão os alunos prontos para o mercado de trabalho.
De acordo com o Instituto Abaitará, os índios poderão ter formação nas áreas de agroecologia, agropecuária, agronegócios e psicultura, com aulas em período integral. A moradia deles será dentro do campus, com sete refeições diárias e atendimentos médicos de todas as especialidades 24 horas por dia, com recursos do Governo do Estado.
Cursos técnicos terão duração de três anos, com formação em diversas áreas (Foto: Telma Pinto/Arquivo pessoal)Cursos técnicos terão duração de três anos, com
formação em diversas áreas
(Foto: Telma Pinto/Arquivo pessoal)
O processo de seleção aconteceu há um mês e teve 76 inscritos. Após dois dias de entrevistas e testes de aptidão, 45 alunos foram selecionados para adquirirem a formação técnica no instituto, das etnias Oro Nao, Oro Waram, Oro Win, Oro Waram Xijein, Jaboti, Canoé e outras.
As aldeias que participaram das seletivas foram Deolinda, Barranquilha, Sotério, São João, Bom Jesus, Sagarana, Baia da Coca, Fazendinha, Pedral, Ricardo Franco e Baia das Onças, todas situadas na Zona Rural, sendo a maioria em áreas ribeirinhas.
Ao G1, a assistente social do Instituto, Telma Pinto, explicou que o objetivo da formação técnica adquirida pelos alunos é que eles retornem para suas aldeias com o conhecimento específico em cada área de atuação, para promover o desenvolvimento e aplicarem essas culturas no local em que vivem.
"Fizemos entrevistas individuais com cada um, com critérios de interesse próprio visando a aptidão de cada indígena. A seleção durou dois dias, e depois o próximo passo foi organizar a busca deles em Guajará-Mirim. Dois micro-ônibus foram disponibilizados para buscá-los e levá-los até o Instituto. Essa formação será muito importante para que eles adquiram conhecimento e apliquem nas comunidades onde nasceram", declara a servidora.

0 comentários: