CNBB cobra punição a assassinos de trabalhadores rurais do MT e condena ataque a indígenas no MA

Igreja cobra políticas públicas que atendam população em situação de vulnerabilidade. Bispos classificaram massacre em MT como 'barbárie'. Assembleia da CNBB terminou nesta sexta (5) em Aparecida.


Em nota sobre o momento nacional, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cobrou punição aos assassinos de nove trabalhadores rurais no Mato Grosso e condenou o ataque a aldeia indígena em Viana (MA) que deixou pelo menos 17 feridos, sendo 13 índios. A violência é resultado do conflito por terras no país.
O documento foi elaborado durante a 55ª Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Aparecida (SP). O evento, que começou no último dia 26, reuniu mais de 400 bispos de todo país no Santuário Nacional até está sexta-feira (5).
A missa de encerramento foi nesta manhã, celebrada pelo arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha.
Na carta, a igreja cobra políticas públicas que atendam a população, especialmente a que se encontra em situação de vulnerabilidade. Para os bispos, a insufiência destas políticas é uma das causas da violência.
“São catalisadores de violência a impunidade; os crescentes conflitos na cidade e no campo; o desemprego; a desigualdade social; a desconstrução dos direitos de comunidades tradicionais; a falta de reconhecimento e demarcação dos territórios indígenas e quilombolas; a degradação ambiental; a criminalização de movimentos sociais e populares; a situação deplorável do sistema carcerário”, diz trecho do documento da entidade.
A igreja classificou o massacre dos trabalhadores rurais, no último dia 19, e o ataque ao povo indígena Gamela, no dia 30 de abril, como ‘barbáries’.
“Essas ocorrências exigem imediatas providências das autoridades competentes na apuração e punição dos responsáveis”, defende a igreja. Dois suspeitos de envolvimento nos crimes em Mato Grosso foram presos. No caso dos índios, o caso é investigado e ninguém foi preso.
A Funai informou, no último dia 1º, por meio do então presidente Antônio Costa – a demissão dele foi publicada nesta sexta em Diário Oficial -, que o órgão já foi notificado sobre o ataque aos indígenas Gamela e que, a partir desta semana, a Procuradoria da fundação foi acionada para acompanhar as investigações.

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