Líder indígena acusa Japão de comprar madeira ilegal para Jogos de 2020



O líder de uma vila do povo Penan, que vive nas florestas tropicais da Malásia, pediu que o Japão pare de comprar madeira barata extraída ilegalmente das terras em que sua tribo vive para construir o estádio olímpico que será uma das sedes dos Jogos de Tóquio-2020. A informação foi publicada no jornal 'The Japan Times'.



Bilong Oyoi entregou à embaixada japonesa em Berna, na Suíça, uma petição com 140 mil assinaturas exigindo a suspensão do uso da madeira, ligada a empresas relacionadas a desmatamento ilegal e violações de direitos humanos.

"Nós perdemos nosso modo de vida porque a água está poluída pela extração de madeira. A situação está cada vez pior. Por causa dessa atividade de extração, agora é muito difícil caçar, pescar e sobreviver", afirmou Oyoi.

"Nosso desejo é que essa petição seja aceita pelo Japão, e que eles parem de importar madeira de Sarawak, que prejudica a terra dos Penan e dos povos indígenas", completou.

O COI (Comitê Olímpico Internacional) disse em resposta que tem certeza de que a madeira usada para o estádio olímpico é obtida de forma legal e sem agredir o meio ambiente. "Temos total confiança de que Tóquio-2020 está cumprindo seus objetivos de sustentabilidade", disse a entidade, em comunicado.

Um dos focos do Japão para os Jogos de Tóquio é realizar um evento sustentável no aspecto ambiental. O estádio olímpico, por exemplo, é planejado para ser construído com o máximo possível de madeira. O projeto é do arquiteto Kengo Kuma.

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