Soldados venezuelanos famintos cruzam Guiana e roubam comida de aldeia indígena

Incidente ocorreu próximo ao Rio Amacuro, na fronteira entre a Guiana e a Venezuela

Na quarta-feira (9), um grupo de soldados venezuelanos cruzou a fronteira da Guiana e entrou na aldeia indígena de Águas Brancas, próxima ao Rio Amacuro para roubar comida, de acordo com o jornal Crônica da Guiana, que publicou a notícia em sua primeira página.
O xamã da tribo, de nome Cleveland de Souza, disse ao jornal local que os soldados haviam alegado que estavam há pelo menos 45 dias sem suprimentos.
O incidente teria ocorrido a duas milhas de distância do Rio Amacuro, que separa a Guiana da Venezuela. O xamã disse que o roubo ocorreu em um local movimentado dentro da aldeia, onde se costuma fazer comércio.
De acordo com o jornal El Estimulo, os soldados venezuelanos disseram a uma equipe do Departamento de Serviços Conjuntos da Guiana que eles estavam com fome e já estavam a 45 dias sem comida.
Um incidente similar pode ter ocorrido em julho, porém os detalhes não foram confirmados. De Souza contou que naquela ocasião, os soldados prenderam pessoas e levaram suas coisas sob a mira de armas.
A fronteira entre Guiana e Venezuela fica a uma curta distância da aldeia e as autoridades temem que outros venezuelanos possam atacar a aldeia a qualquer momento.
Esta não é a primeira vez que o exército venezuelano comete um crime devido à escassez. Em maio de 2016, seis oficiais do exército foram presos por roubarem cabras para saciar a fome.
Os militares, ao serem interrogados, não só confessaram o crime, como também afirmaram não ter comida no quartel de Manaure, no estado de Lara.
Em março de 2017, um vídeo que circulou na internet mostrava soldados de baixa patente comendo do lixo.

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